terça-feira, 5 de abril de 2011

Sindrome de down e a cardiopatia congênita.


Reportagem: Hospital e maternidade São Camilo



Síndrome de Down

Exames precoces e modernos tratamentos podem melhorar a vida e a saúde de crianças com Down




Os problemas das pessoas com Síndrome de Down vão além das dificuldades cognitivas. Em decorrência da trissomia do cromossomo 21, a formação de vários órgãos fica comprometida, entre eles o coração. As cardiopatias congênitas afetam cerca de 50% das crianças portadoras da Síndrome de Down, ou seja, mais 4 mil bebês a cada ano.

As cardiopatias mais freqüentes são a comunicação interventricular, que consiste em um orifício entre os ventrículos (cavidades inferiores do coração que bombeiam o sangue para o pulmão e o corpo), e o defeito de septo atrioventricular, que provoca comunicação entre os átrios e entre os ventrículos com anormalidades nas valvas entre as cavidades. Outras doenças menos comuns são a persistência do canal arterial (comunicação entre a aorta e a artéria pulmonar que deveria fechar até o segundo dia de vida) e a Tetralogia de Fallot (combinação de defeitos cardíacos).

Essas doenças levam a dificuldades respiratórias e má oxigenação do sangue, fundamental para o crescimento e o desenvolvimento. Antigamente, a longevidade das pessoas com Síndrome de Down era pequena em decorrência de problemas de saúde, principalmente os cardíacos. Hoje é possível diagnosticar as cardiopatias ainda na vida uterina através de exames como o ultra-som. Como explica o Dr. Carlos Pedra, cardiologista intervencionista do Hospital e Maternidade São Camilo, toda criança com Síndrome de Down deve fazer um ecocardiograma logo nos primeiros dias de vida. Os pais devem estar atentos a possíveis sintomas como cansaço e sudorese nas mamadas, falta de ar, ganho de peso abaixo do esperado, chiado e bronquite de repetição, sopro cardíaco e cianose (cor arroxeada da pele e mucosas).

Praticamente todas as cardiopatias ligadas à Síndrome de Down têm tratamento, que vai desde a tradicional intervenção cirúrgica até as atuais técnicas de cateterismo. Como a maioria desses pacientes é submetida ao procedimento no primeiro ano de vida, ele requer cuidados de especialistas experientes e preparados tecnicamente. "O momento de intervenção deve ser individualizado e decidido por uma equipe médica" segundo o Dr. Pedra, responsável pelo serviço de pediatria no Setor de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista do São Camilo.

Para ele, o cateterismo para implante de próteses tem tido sucesso satisfatório, pois é um tipo de terapêutica menos invasiva, com menor tempo de internação e menos chances de complicação. A maioria dos casos terá que ser acompanhada pelo resto da vida, mas o médico ressalta que as "cardiopatias geralmente possuem um prognóstico muito bom se forem reconhecidas precocemente - de preferência no período neonatal - e tratadas oportunamente".




http://www.sentidos.com.br/canais/materia.asp?codpag=11072&cod_canal=1

Um comentário:

  1. Ola

    Tenho uma sobrinha com SHVE fiz um post hoje sobre ela e sua historia

    http://patimake.blogspot.com/2011/04/meu-milagre-shve-beatriz.html

    bjos

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